maio 21, 2014

Palavras… [ou a ausência delas…]

para ti. que perdi nas palavras ou na ausência delas…

ao olhar para trás, (ainda) procuro (n)as palavras onde te perdi. ou se perdi na ausência delas. não as encontro. ou encontro uma ausência (de palavras) difícil de julgar.
ao olhar para trás, (já) não sei se foram as palavras. por defeito ou por excesso. talvez por defeito – não seguramente de sentires verdadeiros com que as vesti. talvez por excesso    numa escolha errada de palavras que a alegria do momento contagiou de forma hiperbólica, transformando um gesto simples numa espiral assustadora (para ti).
 
ao olhar para trás, (já) não sei se foi a ausência (súbita) das palavras. uma palavra apenas, bastava. qualquer uma. porque a ausência, deixa um vazio sem entendimento e difícil de preencher. 

ao olhar para trás, procuro as palavras (ou a ausência delas), que deixaram de fabricar sorrisos e apagaram as luzes da noite (outrora) iluminadas.
 
ao olhar para trás, (ainda) não sei se um dia, desta janela (aberta), conseguirei avistar o porquê das palavras terem deixado de entrar.  mas sei que (ainda) doí sentir que foi nas palavras que (nos) descobrimos. e nas palavras ou na ausência delas, que (te) perdi.
...
faltam-me as palavras...

outubro 15, 2010

Rascunhos Interiores

Talvez.Talvez a questão seja eu. Talvez esteja em mim. Talvez a questão seja eu e esta minha sede desmedida de vida. Talvez seja esta minha vontade sufocante de partir para um qualquer lugar onde me esperem ou não, sem nota prévia de chegada ou hora marcada de regresso. Talvez seja eu e este meu desejo incontrolável de querer viver. Não é apenas viver. É dar. Por inteiro. Intensamente. É sentir. Sentir a alma vibrar com um sorriso num rosto, um brilho de um olhar, a ternura de uma mão que se estende, o calor que se dá e recebe num abraço, como uma meta cumprida, um objectivo atingido, um sonho realizado. Talvez seja eu e esta minha avidez de querer parar de escrever a página de um livro cuja personagem deixei de reconhecer e começar outro. De novo. Com o Eu que conheço, que sempre fui e que perdi num qualquer parágrafo escrito no lugar errado, que fez mudar o rumo desta que é hoje uma desinteressante história. Um enredo que vai perdendo a cada dia o sentido, com um epílogo demasiado previsível. Talvez seja eu, mera figurante ou personagem em papel inadequado. Talvez seja eu e minha cupidez de querer correr pelas linhas, tropeçar nas vírgulas, cair nos pontos finais e erguer-me para um novo parágrafo. Uma nova página. De querer aprender pela passagem dos pontos de interrogação, deliciar-me com pontos de exclamação, mergulhar nas reticências e absorver tudo o que está para além delas. Talvez seja eu e esta minha sofreguidão de me superar a mim mesma. Porque acredito que nunca sou o bastante e que posso ser sempre mais e melhor.
Talvez.

setembro 21, 2010









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[Words] must flow out from the heart.










Faust by Goethe

dezembro 23, 2008



Um Feliz Natal e que 2009 seja um ano de Sentires Plenos...

Um Abraço Sentido,

Sensi

dezembro 11, 2008


…minuciosamente, atravessa comigo o dia, onde rumo ao crepúsculo, nos espera uma nova despedida...

setembro 29, 2008


Sem olhar para trás caminhei, lado a lado, com o momento que fizemos acontecer quando nos despedimos na berma da estrada, com destino à certeza de que partiste e não me abraçarás outra vez.

julho 22, 2008


Provavelmente nunca me senti tão só como neste momento. Entre o dia e a noite vou enganando os dias fingindo não sentir o vazio que a tua ausência deixa em mim…