ao olhar para trás, (ainda) procuro (n)as palavras onde te
perdi. ou se perdi na ausência delas. não as encontro. ou encontro uma ausência
(de palavras) difícil de julgar.
ao olhar para trás, (já) não sei
se foram as palavras. por defeito ou por excesso. talvez por defeito – não seguramente
de sentires verdadeiros com que as vesti. talvez por excesso – numa
escolha errada de palavras que a alegria do momento contagiou de forma
hiperbólica, transformando um gesto simples numa espiral assustadora (para ti).
ao olhar para trás, (já) não sei
se foi a ausência (súbita) das
palavras. uma palavra apenas, bastava. qualquer uma. porque a ausência, deixa
um vazio sem entendimento e difícil de preencher.
ao olhar para trás, procuro as
palavras (ou a ausência delas), que deixaram de fabricar sorrisos e apagaram as
luzes da noite (outrora) iluminadas.
ao olhar para trás, (ainda) não sei se um dia, desta janela
(aberta), conseguirei avistar o porquê das palavras terem deixado de entrar. mas sei que (ainda) doí sentir que foi nas palavras que (nos) descobrimos. e nas palavras ou na ausência delas, que (te) perdi.
...
faltam-me as palavras...
Sem comentários:
Enviar um comentário